Aniversário do PT O Partido Trabalhista (PT), que Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a fundar há 25 anos, mediante activa militância sindical, comemora hoje mais um aniversário.
Nascido da aliança falhada entre defensores da união, com a ala esquerda dos intelectuais e elementos progressistas da igreja, para combater a ditadura militar, o PT tornou-se hoje o partido político mais popular da América Latina.
Contudo, apesar da aparente unidade nas celebrações públicas, a política seguida desde Janeiro de 2003, no âmbito da coligação coligação governativa com o PMDB, fracturou profundamente o partido, com o núcleo mais ortodoxodo do PT a acusar Lula de uma viragem ao centro. Esta inversão agrada a Wall Street, mas continua a desagradar aos apoiantes mais à esquerda que, no começo da semana passada, durante o Fórum Mundial Social exigiram a Lula a demissão do actual ministro das Finanças: 112 membros do PT - incluindo um economista de renome - abandonaram as celebrações em sinal de protesto, acusando o partido de se afastar das raízes democráticas e «sobrepôr os interesses do capital aos dos trabalhadores»
Num artigo entitulado
«Cracks show as Lula celebrates party's anniversary», o
Financial Times refere que José Genoino, presidente do PT, admite que o partido se afastou da sua base ideológica e reconhece a necessidade de reavaliar estratégias e resgatar valores tradicionais ao seu projecto histórico.
A existência de dois candidatos do PT à presidência do Congresso, é apontada como reveladora da divisão interna que o partido atravessa e que se estende ao mais votado partido - seu parceiro de coligação - o PMDB, que ainda não se comprometeu no apoio a nenhum dos dois candidatos, emergidos do PT