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Pistoleiros assassinam irmã Dorothy Stang:A freira de 73 anos, líder dos movimentos sociais na luta contra o crime organizado em Anapu (sul-sudeste do Pará), estava ameaçada há vários anos. CHEGA DE SANGUE E IMPUNIDADE NA AMAZÔNIA (*) No último sábado, dia 12/2, a Irmã Dorothy, missionária americana naturalizada brasileira, foi cruelmente assassinada no Pará. O motivo? Defender a Amazônia e seus habitantes da ação destruidora de madeireiros. Irmã Dorothy dedicou quase metade de seus 74 anos para dar voz às comunidades rurais, defendendo o direito à terra e lutando por um modelo de desenvolvimento sem destruição da floresta. Lutava para que o Estado se fizesse presente na Amazônia, denunciando inclusive o envolvimento de policiais com fazendeiros e grileiros da região. Foi ameaçada de morte inúmeras vezes. Quantos mais terão que morrer para que medidas eficazes sejam tomadas para proteger a Amazônia e suas comunidades? Por quanto tempo ainda haverá violência causada por grilagem de terras públicas e exploração ilegal de madeira? Já faz mais de 16 anos que perdemos Chico Mendes, muitas vidas se foram em todos esses anos e a violência continua... PROTESTE AGORA! Acesse: AQUI. Vamos exigir do governo medidas concretas para das um basta a essa violência e garantir um futuro sustentável e seguro para a floresta amazônica e seus habitantes! (*) por Greenpeace
Basta de sangue no chão da floresta! (*) São Paulo, 14 de fevereiro de 2005 No último dia 12 de fevereiro, a Irmã Dorothy Stang foi cruelmente assassinada no Pará. Missionária americana naturalizada brasileira, ela vivia há mais de 30 anos na região da Transamazônica e dedicou quase metade de sua vida para dar voz às comunidades rurais, defendendo o direito à terra e lutando por um modelo de desenvolvimento sem destruição da floresta. Há alguns anos, o Greenpeace tem denunciado a violência, os desmatamentos ilegais, a exploração de madeira, a grilagem de terras, o trabalho escravo e o desrespeito aos direitos humanos, como mostra nosso relatório “Pará: Estado de Conflito”, lançado em outubro de 2003. O Pará apresenta o maior índice de assassinatos ligados às disputas de terra. Entre 1985 e 2001, quase 40% das 1237 mortes de trabalhadores rurais no Brasil aconteceram neste Estado. Nossa preocupação e obrigação, a partir desse momento, é impedir que as autoridades tratem essa morte como mais um caso de violência local, encontrem os pistoleiros e mandantes e dêem o caso por encerrado. É fundamental que o governo brasileiro implemente medidas concretas que acabem com as causas motivadoras de toda essa violência. Assim, solicitamos mais uma vez seu apoio e participação. Preencha os dados AQUI e envie já sua mensagem para o governo federal e o governo do Estado do Pará. Obrigado!
(*) por Frank Guggenhein
Morte de missionária americana choca entidades de Direitos Humanos em todo o mundo14/2/2005 - AMS BELÉM - A missionária americana Dorothy Mae Stang foi assassinada na manhã de sábado, 12/2, numa localidade a 40 quilômetros do município de Anapu, oeste do Pará. A irmã trabalhava há 20 anos na área, onde predominam conflitos de terra, por intensa atividade de grileiros, ajudando agricultores rurais. A missionária de 73 anos fazia parte da congregação Notre Dame. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a irmã foi assassinada com 3 tiros, por dois pistoleiros, por volta das 9h da manhã, quando caminhava com dois trabalhadores rurais para uma reunião no Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS – Esperança. Um agricultor que estava com a missionária conseguiu fugir. Dorothy vinha enfrentando ameaças de mortes por fazendeiros da região, desde que começou um trabalho de apoio aos trabalhadores rurais, em 1997, que pretendiam projetos de assentamento adequados a conservação da Amazônia, os conhecidos PSD. Ao saber da morte da irmã, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participava de uma audiência Pública no município de Porto de Moz, no baixo Amazonas, se deslocou imediatamente para Anapu. A morte de Dorothy Stang chocou entidades de Direitos Humanos no mundo todo. Uma equipe de agentes da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil seguiu de avião para o município de Anapu. São policiais e peritos do Instituto de Criminalística, que vão ajudar a equipe da polícia de Anapu, que já começou as investigações na localidade. A Sociedade Paraense de Direitos Humanos, acionou o advogado da SDDH de Marabá, que também se desloca para Anapu, para acompanhar as investigações. O SDDH também entrou em contato com o Ministério da Justiça. Entidades ligadas à questão agrária se organizam para fazer um protesto. (*) in Notícias da Amazônia. AQUI
Globo Online Juiz decreta prisão de 4 acusados do assassinato de freira americana no Pará 14/02/2005 - 19h12m
BELÉM, BRASÍLIA e RIO - Quatro pessoas estão com a prisão decretada pela morte da missionária americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, no Pará: José Maria Pereira e Uquelano Pinto, que seriam os pistoleiros; Amauri Cunha, o intermediário; e Vitalmiro de Moura, que seria o mandante do crime.
O ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, acompanhou nesta segunda-feira a chegada em Anapu (PA) do corpo da missionária de 74 anos, assassinada no último sábado no assentamento Esperança, em Anapu, a 600 quilômetros de Belém. Nilmário participou do cortejo que levou o corpo até a igreja Imaculada da Conceição, onde uma multidão aguardava para o velório da Irmã Dorothy. O corpo será enterrado nesta terça-feira.
O ministro viajou para Anapu acompanhado do superintendente da Polícia Federal no Pará, José Sales; do delegado da PF em Brasília, Valdinho Caetano, e do funcionário do Ibama, Paulo Maia. Em Anapu, eles se reuniram com lideranças locais, integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e com a esposa e dois filhos do colono assassinado.
Nilmário também acompanhou a apuração da morte de Adalberto Xavier Leal, colono encontrado morto na madrugada de domingo. De acordo com o ministro, com base nas informações obtidas, está quase descartada a hipótese de que a morte do colono seja uma represália à morte da freira. Adalberto Leal, que trabalhava para o suspeito de ser o mandante do crime, foi morto em casa. A polícia trabalha com a hipótese de a morte ser um acerto de contas entre eles, e não um ato de vingança pela morte da freira.
O juiz substituto da Comarca de Pacajá, no Pará, Lauro Alexandrino Santos, decretou a prisão preventiva de quatro suspeitos de envolvimento na morte da freira. A prisão foi pedida pelo delegado de Anapu, Marcelo Ferreira de Souza Luz, que está à frente do inquérito policial que investiga o crime.
No despacho, o juiz concluiu que "está confirmada a participação dos indiciados". Os suspeitos teriam sido vistos por três testemunhas. A principal é o agricultor que estava com Dorothy e que fugiu para a mata após os tiros.
Segundo uma testemunha, a freira americana chegou a ler trechos da Bíblia para os pistoleiros que a assassinaram. Um agricultor que estava com a religiosa no momento do assassinato disse - em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo - que os bandidos teriam rendido Dorothy e perguntado se ela tinha alguma arma. A testemunha, que não quis ser identificada, contou que a freira disse que a única arma que trazia era a Bíblia, tirando, em seguida, o livro da bolsa e lendo trechos para os assassinos. Após escutarem a leitura, a testemunha disse que os bandidos começaram e atirar em Dorothy.
Os agricultores que estavam com a freira fugiram correndo pela mata. Segundo o Instituto Médico-Legal de Belém, que examinou o corpo, Dorothy foi atingida por seis tiros.
A freira trabalhava há mais de 30 anos na região Amazônica defendendo trabalhadores rurais e lutando por seu assentamendo em terras tomadas por madeireiras. Nos últimos meses, lutava para expulsar grileiros de um lote incluído no projeto de assentamento rural de Anapu.
Na semana passada, ela teve uma reunião com o secretário Nilmário Miranda. No encontro, a missionária denunciou que quatro pessoas da região estavam recebendo ameaças de morte. A freira pertencia à ordem das Irmãs de Notre Dame de Namur, um grupo de mais de duas mil mulheres que trabalham em cinco continentes.
Em entrevista gravada no ano passado e mostrada pela TV Globo, Dorothy dizia não acreditar que as ameaças de morte que vinha sofrendo fossem reais.
A irmã da freira, Margareth, que vive em Fairfax, no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, disse que a maior homenagem que o governo brasileiro pode fazer a Dorothy é realizar uma investigação séria para punir os responsáveis pelo assassinato.
TELEGRAPH NETWORK:Land reform nun is shot dead in jungle (*) (Filed: 14/02/2005) Brazilian police launched a manhunt yesterday for two men they believe shot and killed an elderly American nun whose support for environmental causes and human rights provoked controversy in a remote jungle region of Amazonia. Dorothy Stang, a 74-year-old nun who lived in Brazil for almost 30 years, was shot dead on Saturday morning near Anapu, a small town in Para state. She was on her way to a meeting with local activists about land reform when two gunmen approached her and shot her three times in the face, police said. One of Brazil's most respected ministers said she believed that gunmen wanted to silence Sister Dorothy because she refused to stop speaking out against the powerful loggers and ranchers who have carved up large parts of the Amazon into their personal fiefdoms. The environment minister, Marina Silva, went to the region to oversee the investigation in person and said she would do her utmost to find the killers. "Brazil is going to ensure justice is done here so that intimidation does not impede land reform or the battle against illegal logging," she said By Andrew Downie in Rio de Janeiro. AQUI
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